Fonte: www.cienciahoje.pt
Caminhos profissionais *
2011-04-05
Por Carla Sofia Flores
A Química em geral é "uma ciência incompreendida e mal amada", estando geralmente associada, pelo grande público, a processos poluentes, toxicidade e algum risco. Contudo, "está no centro da resolução dos grandes problemas da humanidade" e o seu contributo para a sociedade actual é imenso e está tão entrosado no nosso quotidiano, que nem nos apercebemos dele.
Se olharmos à nossa volta, quase tudo tem o dedo de um químico ou bioquímico: do mais básico, como o que comemos, bebemos ou vestimos, ao mais sofisticado, como os monitores de cristais líquidos ou os materiais ultra-leves das bicicletas de montanha. São estes cientistas que realizam e inventam métodos para a produção e análise das matérias-primas e produtos acabados de muitas indústrias, cuja origem nem questionamos.
Sendo que 2011 foi proclamado o Ano Internacional da Química (AIQ), é imperativo então esclarecer aquilo que um profissional desta área faz e qual a oferta formativa em Portugal. O "Ciencia Hoje" ("CH") falou com vários especialistas e estudantes portugueses para agora dar a conhecer aos mais jovens que tenham um potencial interesse neste campo científico aquilo que os espera.
* Caminhos profissionais é a rubrica do "Ciência Hoje" que desvenda segredos de uma eventual futura carreira
* Caminhos profissionais é a rubrica do "Ciência Hoje" que desvenda segredos de uma eventual futura carreira
Num mundo em constante evolução e desenvolvimento os desafios não cessam e novos se adivinham. E se um dia se conseguisse transformar o petróleo, de um "modo verde", em novos materiais? E se fosse possível fazer o dióxido de carbono regressar à forma condensada, descobrindo métodos de o fixar sem o libertar para a atmosfera? Estes parecem desafios megalómanos, mas são, na verdade, parte daqueles que se apresentam aos químicos de hoje e de amanhã, cujo trabalho será preponderante na sua resolução.
O que é um químico?
Na opinião de Michael Smith, director do Departamento de Química da Universidade do Minho (UM), um químico pode ser comparado a um investigador policial na medida em que ambos os perfis profissionais não divergem muito em vários aspectos."Tal como o investigador policial, deve ser capaz de observar e registar, de uma maneira sistemática e precisa, os dados experimentais. Depois de recolher as suas 'provas' deve racionalizar e analisar criticamente o que é relevante, com persistência e determinação; procurar a informação suplementar necessária para completar a sua análise e, finalmente, propor uma explicação consistente que seja capaz de explicar as observações e levá-lo até à sua conclusão", afirmou.
Já Carlos Corrêa, professor emérito da Universidade do Porto (UP), acredita que a curiosidade em relação às transformações que a matéria sofre quando sobre ela exercemos uma qualquer acção é primordial para se ser um bom profissional: "Deve-se querer sempre saber o que se passa, por que se passa e o que se passará, se a acção for diferente".
Cursos superiores em Portugal
Os cursos superiores em Química ou outros campos que a abarcam, como a Bioquímica, são leccionados em quase todas as universidades portuguesas. Embora nunca tenha sido elaborado um ranking que liste as instituições com melhor oferta formativa nesta área, de acordo com Carlos Corrêa, conselheiro do "CH" para o AIQ, "o melhor método para avaliar a qualidade dos departamentos de Química é o de verificar a produção científica a partir do número e qualidade dos trabalhos aceites para publicação em revistas internacionais".
Algumas destas academias destacam-se também por algumas especificidades nos cursos que leccionam. Enquanto a UNL dispõe de uma licenciatura única no país - em Química Aplicada: Biotecnologia e Química Orgânica -, na UM, o primeiro ciclo desta área "é diferente de outras ofertas formativas, uma vez que o curso está organizado em três ramos: Científico, Materiais Plásticos e Materiais Têxteis", esclareceu Michael Smith, acrescentando que estes são escolhidos depois de um primeiro ano comum. Já a licenciatura em Química da UA foi a primeira do país a receber a chancela “Eurobachelor”, ou seja, a ser reconhecida como curso de nível europeu.
Onde estão as oportunidades?
Em todo o lado! Os investigadores contactados pelo "CH" foram unânimes ao afirmar que a Química é das área que mais saídas profissionais garantem na actualidade, visto que as exigências do mundo em que vivemos, cada vez mais baseado na ciência e na tecnologia, levam a uma procura crescente de especialistas nesta área. Alguns países do centro e norte europeus até têm falta de graduados neste campo, tornando-o num dos que garante mais emprego. Além disso, há estudos indicadores de que, em Portugal, a taxa de desemprego de diplomados em Química é inferior à média nacional de outros com cursos concluídos entre 2000 e 2010 noutras disciplinas.
www.spq.pt
Tel.: 21 793 4637
E-mail: sede@spq.pt
Ano Internacional da Química
www.chemistry2011.org
E-mail: info@iyc2011.org
L.A. REQUIMTE
www.requimte.pt
E-mail: isabel@dq.fct.unl.pt / mpcunha@fc.up.pt
Acesso ao Ensino Superior
www.dges.mctes.pt/DGES/pt
Telefone: 213 126 000
E-mail: dges@dges.mctes.pt / secretariado@dges.mctes.ptA Europa, por reter 30 por cento da indústria química mundial (com mais de 1,2 milhões de trabalhadores) apresenta-se como um grande nicho de oportunidades, salientou Maria João Ramos, presidente do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da UP. "Para além do emprego directo na indústria química, há uma vasta área de emprego nos serviços, nomeadamente no controlo ambiental e de segurança alimentar de água e do ambiente atmosférico", afirmou.
Isabel Moura, responsável pelo Departamento de Química da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNL, para além de reforçar a ideia de que outros países da União Europeia são boa alternativa a Portugal, destacou que alguns ex-alunos desta instituição conseguiram singrar em carreiras bastante distintas no seu país de origem. Alguns trabalham em Química Forense, em laboratórios de Polícia Científica, enquanto outros encontraram emprego em laboratórios de análises e de controlo de qualidade. Há ainda aqueles que fazem investigação em empresas farmacêuticas, em institutos públicos e em universidades, os que seguiram carreiras académicas e os que fundaram empresas baseadas em actividades científicas.
Como se pode verificar, "os jovens com formação nestas áreas têm saídas profissionais diversas" que se expandem aos domínios da saúde; aos produtos farmacêuticos, alimentares e agrícolas (adubos, herbicidas ou pesticidas) aos materiais avançados e compósitos (têxteis, cerâmicos e polímeros, incluindo biopolímeros com potencias aplicações médicas) e ao ambiente, resumiu Michael Smith.
Dada a multiplicidade de vertentes desta ciência, Paulo Ribeiro Claro, do Departamento de Química da UA, acentuou ainda que há conhecimentos que vão adquirindo outras designações: "farmacologia, bioquímica, ciência dos materiais, biotecnologia, biologia molecular, nanociências, etc". O especialista acredita que "no futuro, a química continuará a ser uma ciência central para o progresso da sociedade". Porém, não garante que continue a ter a mesma nomenclatura.
O fascinante mundo da Química
Paulo Ribeiro Claro acrescenta que "a Química conduz realmente a descobertas fascinantes". Já Maria João Ramos subinha a "afirmação crescente desta área na nossa sociedade", pelo que os jovens que queiram seguí-la têm "melhores garantias de segurança profissional num mundo imprevisível como aquele em que vivemos".
Para além dos testemunhos destes especialistas com largos anos de experiência, o "CH" conheceu a opinião de jovens portugueses que estão a trilhar um percurso académico neste campo. Uns estão a iniciá-lo e outros a terminá-lo, mas todos têm como denominador comum o sonho de poderem viver desta ciência que, embora exacta, é encarada como uma paixão.
Cursos superiores em Portugal
Os cursos superiores em Química ou outros campos que a abarcam, como a Bioquímica, são leccionados em quase todas as universidades portuguesas. Embora nunca tenha sido elaborado um ranking que liste as instituições com melhor oferta formativa nesta área, de acordo com Carlos Corrêa, conselheiro do "CH" para o AIQ, "o melhor método para avaliar a qualidade dos departamentos de Química é o de verificar a produção científica a partir do número e qualidade dos trabalhos aceites para publicação em revistas internacionais".
Assim sendo, segundo um trabalhoefectuado pelo Laboratório Associado REQUIMTE sobre as publicações para o quinquénio 2003-2007, a UP lidera a produção portuguesa na área da Química, com 21 por cento do total. Seguem-se, por ordem, a Universidade Técnica de Lisboa (UTL), com 821 documentos, a Universidade de Aveiro (UA), a Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Nova de Lisboa (UNL).
Algumas destas academias destacam-se também por algumas especificidades nos cursos que leccionam. Enquanto a UNL dispõe de uma licenciatura única no país - em Química Aplicada: Biotecnologia e Química Orgânica -, na UM, o primeiro ciclo desta área "é diferente de outras ofertas formativas, uma vez que o curso está organizado em três ramos: Científico, Materiais Plásticos e Materiais Têxteis", esclareceu Michael Smith, acrescentando que estes são escolhidos depois de um primeiro ano comum. Já a licenciatura em Química da UA foi a primeira do país a receber a chancela “Eurobachelor”, ou seja, a ser reconhecida como curso de nível europeu.
Onde estão as oportunidades?
Em todo o lado! Os investigadores contactados pelo "CH" foram unânimes ao afirmar que a Química é das área que mais saídas profissionais garantem na actualidade, visto que as exigências do mundo em que vivemos, cada vez mais baseado na ciência e na tecnologia, levam a uma procura crescente de especialistas nesta área. Alguns países do centro e norte europeus até têm falta de graduados neste campo, tornando-o num dos que garante mais emprego. Além disso, há estudos indicadores de que, em Portugal, a taxa de desemprego de diplomados em Química é inferior à média nacional de outros com cursos concluídos entre 2000 e 2010 noutras disciplinas.
Informações Úteis
Sociedade Portuguesa de Química www.spq.pt
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Acesso ao Ensino Superior
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Telefone: 213 126 000
E-mail: dges@dges.mctes.pt / secretariado@dges.mctes.pt
Isabel Moura, responsável pelo Departamento de Química da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNL, para além de reforçar a ideia de que outros países da União Europeia são boa alternativa a Portugal, destacou que alguns ex-alunos desta instituição conseguiram singrar em carreiras bastante distintas no seu país de origem. Alguns trabalham em Química Forense, em laboratórios de Polícia Científica, enquanto outros encontraram emprego em laboratórios de análises e de controlo de qualidade. Há ainda aqueles que fazem investigação em empresas farmacêuticas, em institutos públicos e em universidades, os que seguiram carreiras académicas e os que fundaram empresas baseadas em actividades científicas.
Como se pode verificar, "os jovens com formação nestas áreas têm saídas profissionais diversas" que se expandem aos domínios da saúde; aos produtos farmacêuticos, alimentares e agrícolas (adubos, herbicidas ou pesticidas) aos materiais avançados e compósitos (têxteis, cerâmicos e polímeros, incluindo biopolímeros com potencias aplicações médicas) e ao ambiente, resumiu Michael Smith.
Dada a multiplicidade de vertentes desta ciência, Paulo Ribeiro Claro, do Departamento de Química da UA, acentuou ainda que há conhecimentos que vão adquirindo outras designações: "farmacologia, bioquímica, ciência dos materiais, biotecnologia, biologia molecular, nanociências, etc". O especialista acredita que "no futuro, a química continuará a ser uma ciência central para o progresso da sociedade". Porém, não garante que continue a ter a mesma nomenclatura.
O fascinante mundo da Química
"Estudar Química é obter um ponto de vista privilegiado para compreender o mundo contemporâneo", entende Isabel Moura. Michael Smith concorda, dizendo que na escolha desta ou de qualquer outra área "é essencial acertar numa actividade que possa manter o nosso interesse durante a maior parte da nossa vida profissional". Neste sentido, a Química é "uma boa opção", pois "é estimulante ao nível académico e repleta de desafios e oportunidades para desenvolver projectos originais na interface com outras ciências".
Paulo Ribeiro Claro acrescenta que "a Química conduz realmente a descobertas fascinantes". Já Maria João Ramos subinha a "afirmação crescente desta área na nossa sociedade", pelo que os jovens que queiram seguí-la têm "melhores garantias de segurança profissional num mundo imprevisível como aquele em que vivemos".
Para além dos testemunhos destes especialistas com largos anos de experiência, o "CH" conheceu a opinião de jovens portugueses que estão a trilhar um percurso académico neste campo. Uns estão a iniciá-lo e outros a terminá-lo, mas todos têm como denominador comum o sonho de poderem viver desta ciência que, embora exacta, é encarada como uma paixão.
Marta Costa, 29 anos, Doutoramento em Química na UM
Há alguns anos, ainda no ensino básico, Marta Costa constatou que "tudo" à sua volta "era Química". Hoje está prestes a finalizar o Doutoramento e o encanto continua: "Esta ciência é realmente fascinante e todos os dias temos Química na nossa vida! Ainda há tanto para perceber e descobrir. O tédio é inexistente, tudo é tão interessante", conta entusiasmada.
Há uns meses, as suas expectativas de continuar em Portugal eram muito baixas. Contudo, encontrou recentemente um emprego na indústria, um privilégio, na sua opinião. "Realço que este não é o desfecho natural de quem tira um Doutoramento em Química no nosso país", sendo que, em geral, as pessoas acabam por viver de pós-doutoramento em pós-doutoramento". Esclareceu que, embora não seja um "mau desfecho", "viver de bolsa em bolsa não é certamente o que se deseja depois de tanto estudo e esforço".
Há uns meses, as suas expectativas de continuar em Portugal eram muito baixas. Contudo, encontrou recentemente um emprego na indústria, um privilégio, na sua opinião. "Realço que este não é o desfecho natural de quem tira um Doutoramento em Química no nosso país", sendo que, em geral, as pessoas acabam por viver de pós-doutoramento em pós-doutoramento". Esclareceu que, embora não seja um "mau desfecho", "viver de bolsa em bolsa não é certamente o que se deseja depois de tanto estudo e esforço".
Tânia Moniz, 23 anos, Mestrado em Bioquímica na UP
A vontade de desenvolver novos fármacos levou-a a enveredar por este caminho, estando agora a trabalhar num tratamento que pode ser aplicado à tuberculose. Considera a avaliação do potencial biológico dos compostos que pode projectar a função mais deslumbrante da Química.
"O gosto pelaquímica, sobretudo a médica, está cada vez mais enraizado", garantiu, acrescentando que, para o projecto de investigação de mestrado está a dar continuidade ao desenvolvimento de novas moléculas capazes de surtir um efeito antimicrobiano, que podem ser futuramente usadas no tratamento de doenças infecciosas, tal como a tuberculose. Embora almeje uma carreira na investigação, não descarta um trabalho na indústria. "É uma experiência a considerar e que gostaria igualmente de vivenciar", concluiu.
"O gosto pelaquímica, sobretudo a médica, está cada vez mais enraizado", garantiu, acrescentando que, para o projecto de investigação de mestrado está a dar continuidade ao desenvolvimento de novas moléculas capazes de surtir um efeito antimicrobiano, que podem ser futuramente usadas no tratamento de doenças infecciosas, tal como a tuberculose. Embora almeje uma carreira na investigação, não descarta um trabalho na indústria. "É uma experiência a considerar e que gostaria igualmente de vivenciar", concluiu.
João Martins, 23 anos, Licenciatura e Mestrado em Química na UP
Sempre planeou formar-se em Informática, mas "à última da hora" quis algo mais abrangente. Foi "contagiado" por um professor de Química no 12º ano e agora pretende continuar a sua formação académica "até obter o grau de doutor". Já integrou grupos de investigação existentes no Departamento de Química da sua universidade para adquirir "experiência e conhecimento na área". Optou pela Química Teórica e agora pondera fazer a sua tese de mestrado junto do grupo em que se enquadra actualmente.
O aluno da UP destaca que o seu fascínio pela Química prende-se com a "sua abrangência e aplicação tão vasta", lamentando que este tipo de informação não esteja disponível para quem decide o curso a tomar no fim do ensino secundário.
O aluno da UP destaca que o seu fascínio pela Química prende-se com a "sua abrangência e aplicação tão vasta", lamentando que este tipo de informação não esteja disponível para quem decide o curso a tomar no fim do ensino secundário.
Clara Pereira, 30 anos, Doutoramento em Química na UP
A sua vocação para esta ciência confirmou-se durante um Natal, aos 12 anos, quando a mãe lhe ofereceu um jogo sobre Química. "Passávamos horas e horas a fazer experiências, deslumbradas com as mudanças de cor ou com a libertação de gases", recordou. Esta "paixão" sedimentou-se no secundário, mas foi o "desejo de ter um papel activo na resolução de problemas ambientais e da sociedade" que determinou a escolha da área.
Aos 30 anos, Clara Pereira continua fascinada com "os contínuos desafios que vão surgindo quando se investiga um problema, as descobertas diárias e os novos rumos que se vão definindo na busca de soluções". O seu objectivo é continuar a trabalhar em investigação na área da Nanoquímica, nomeadamente na produção/concepção de novos nanomateriais e dispositivos multifuncionais que contribuam para o bem-estar da Humanidade, pelo que gostaria de desenvolver novos projectos em parceria com empresas e outros centros de investigação.
Aos 30 anos, Clara Pereira continua fascinada com "os contínuos desafios que vão surgindo quando se investiga um problema, as descobertas diárias e os novos rumos que se vão definindo na busca de soluções". O seu objectivo é continuar a trabalhar em investigação na área da Nanoquímica, nomeadamente na produção/concepção de novos nanomateriais e dispositivos multifuncionais que contribuam para o bem-estar da Humanidade, pelo que gostaria de desenvolver novos projectos em parceria com empresas e outros centros de investigação.
Filipa Gomes, 23 anos, mestrado de Técnicas de Caracterização e Análise Química na UM
Quando concorreu ao ensino superior, esteve indecisa entre os cursos de Psicologia e Química, mas "felizmente", disse, ingressou no último. No primeiro ano de licenciatura ainda ponderou mudar, mas o facto de a Química ser uma "ciência estruturante", limpou todas as suas incertezas, "deslumbrando-a", sobretudo "a adrenalina que se sente no laboratório".
A mestranda da UM destacou as iniciativas promovidas pela sua universidade para a divulgação da Química. Já participou em vários projectos de investigação que abordaram áreas diferentes, tendo já desenvolvido trabalho no CeNTI (Famalicão). Actualmente, está a realizar a tese de mestrado num centro da área da medicina regenerativa (3B’s), mas planeia tirar o doutoramento e continuar a fazer "o que realmente gosta: investigação em Química".
A mestranda da UM destacou as iniciativas promovidas pela sua universidade para a divulgação da Química. Já participou em vários projectos de investigação que abordaram áreas diferentes, tendo já desenvolvido trabalho no CeNTI (Famalicão). Actualmente, está a realizar a tese de mestrado num centro da área da medicina regenerativa (3B’s), mas planeia tirar o doutoramento e continuar a fazer "o que realmente gosta: investigação em Química".
Ana Mesquita, 20 anos, licenciatura em Bioquímica na UM
A vontade de seguir uma área relacionada com Química surgiu desde criança. "Sempre desejei experimentar e inventar algo novo que pudesse, de alguma forma, melhorar a qualidade de vida de todos", referiu, acrescentando que os professores ajudaram-na a achar esta disciplina "cada vez mais entusiasmante", por "ser essencial para a desmistificação das outras ciências".
Da licenciatura que está prestes a terminar, Ana Mesquita destaca a sua "multidisciplinaridade", uma vez que contempla conhecimentos de química, biologia, física e matemática, e "as unidades curriculares mais específicas" que, "nunca colocam de parte o lado prático, imprescindível para um futuro bioquímico". Futuramente, a aluna da UM pretende complementar os seus estudos para poder desempenhar funções em áreas de investigação. "É para isso que trabalho todos os dias", concluiu.
Da licenciatura que está prestes a terminar, Ana Mesquita destaca a sua "multidisciplinaridade", uma vez que contempla conhecimentos de química, biologia, física e matemática, e "as unidades curriculares mais específicas" que, "nunca colocam de parte o lado prático, imprescindível para um futuro bioquímico". Futuramente, a aluna da UM pretende complementar os seus estudos para poder desempenhar funções em áreas de investigação. "É para isso que trabalho todos os dias", concluiu.
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